SINTAGRI NOTAS RÁPIDAS
Ano
V
nº 298– 19/05/2015 - Filiado a
Faser e Fetrab
DIVULGADO NO SITE DO MINISTÉRIO
PÚBLICO DO TRABALHO NA BAHIA
TRT faz reunião nessa quarta para negociar acordo
coletivo da EBDA
Quinze
dias após a liminar concedida pela Justiça do Trabalho determinando a
reintegração dos funcionários da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
(EBDA) até que o Governo do Estado se dispusesse a negociar um acordo coletivo
para definir as condições para a demissão na empresa, será realizada uma
reunião de negociação.
O encontro
dos representantes de empregados ameaçados de demissão e os interventores da
empresa junto com procuradores do estado acontece na sede do Tribunal Regional
do Trabalho da Bahia (TRT%), em Nazaré, no início da tarde desta quarta-feira
(20). A negociação é fruto de ação civil pública movida pelo Ministério Público
do Trabalho (MPT) solicitando que o Estado só pudesse demitir os funcionários
da EBDA após uma negociação coletiva.
Mesmo após
ter sido concedida a liminar, a Procuradoria Geral do Estado deu entrada em um
mandado de segurança pedindo a cassação da decisão provisória do juiz Juarez
Dourado Wanderley, da 13ª Vara do Trabalho em Salvador. O desembargador Paulo
Sérgio Silva de Oliveira Sá, no entanto, indeferiu o pedido. Com isso, ficou
decidido que o próprio TRT sediaria encontro entre trabalhadores e
representantes do Estado para a negociação coletiva. Nessa reunião, o Governo
da Bahia e a interventoria da EBDA deverão apresentar proposta para amenizar os
impactos sociais e econômicos sobre o conjunto dos funcionários da empresa,
tais como extensão de benefícios, reaproveitamento de parte dos servidores em
outros órgãos ou até mesmo um plano de demissão voluntária.
No curso da
ação, o Estado já vinha sinalizando extraoficialmente com a possibilidade de
oferecer algumas garantias além do pagamento puro e simples das rescisões
contratuais. Mas somente após a última audiência da ação civil pública que
segue na 13ª Vara, reuniu-se com representantes dos funcionários. Agora,
governo e trabalhadores terão um foro para debater as condições em que se darão
as demissões, sob o acompanhamento do MPT e do próprio Tribunal. Somente após
chegarem a um acordo é que será possível para os interventores da EBDA retomar
o processo de desligamento dos funcionários, já que todas as demissões
realizadas até o momento foram invalidadas pela liminar.
A ação
civil pública foi movida pelo MPT após tentativa de mediação entre as duas
partes, na qual o governo sinalizou que não pretendia negociar com os
demitidos. O juiz Juarez Dourado, no entanto, optou por não se pronunciar sobre
a liminar inicialmente, insistindo para uma solução negociada. Informou,
inclusive, que não decidiria enquanto houvesse possibilidade de acordo entre o
MPT e o Estado, mas ressalvou que para não se pronunciar esperava que o governo
baiano não realizasse novas demissões. No último dia 30, cinco dias antes de
audiência do processo, a EBDA surpreendeu os procuradores com o anúncio de
cerca de 300 demissões, praticamente finalizando as dispensas previstas pelo
Governo do Estado dentro da estatal em liquidação.
Escrito por ASCOM em 19/05/2015
(reunião quarta-feira), 20/05/2015 às 16:00horas)
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