SINTAGRI NOTÍCIAS
2012
– ano 02 – nº 23 – 22/05/2012 Filiado a
Fazer e Fetrab
EBDA, POR
ONDE ANDA A REESTRUTURAÇÃO?
A atual estrutura da Empresa Baiana de Desenvolvimento
Agrícola S.A. – EBDA ocorreu quando da sua formação, aglutinando as funções de
pesquisa, extensão e defesa agropecuária, sendo que, esta última função, foi
quase imediatamente retirada do contexto da empresa.
Naquele momento, a estrutura estabelecida, formulada
entre quatro paredes e sem assessoramento técnico especializado, demonstrou ser
totalmente inadequada para viabilizar o gerenciamento integrado das atividades
de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, objetivo da formação da
empresa.
Ao longo do tempo, foram realizadas alterações
pontuais e sem o estudo adequado, sempre na direção da criação de instâncias
gerências intermediárias, provocando a desintegração do processo decisório,
afetando diretamente a execução das atividades fins institucionais.
Evidentemente, o principal produto do esforço de
reorganização seria dotar a empresa de um processo de trabalho atual e que
respondesse a contento as reais necessidades dos agricultores no sentido de uma
melhoria econômica e social.
Não é difícil imaginar o conteúdo de um modelo com
essa perspectiva:
• melhorar a comunicação com os agricultores;
• modernizar o processo de trabalho;• qualificar e requalificar o corpo técnico e administrativo;
• sanar os débitos trabalhistas;
• valorizar os talentos humanos com um plano de cargos e salários compatível com a realidade atual;
• renovar e ampliar o quadro de pessoal através de concurso público para dinamizar a pesquisa agropecuária e aumentar a presença da ATER nos municípios baianos.
A atual gestão política governamental do Estado
apontou para uma perspectiva favorável à renovação da empresa nos aspectos
técnico, financeiro e de gestão. No entanto, passados 6 anos, constata-se uma
“desestruturação da EBDA” desde os aspectos mais elementares como outros de
relevância administrativa a exemplo: gestão de pessoal ineficiente; ausência de
uma programação operacional de ATER e PESQUISA AGROPECUÁRIA sintonizada com o
PPA; frota de veículos reduzida e envelhecida; sucateamento da infraestrutura
(escritórios, computadores, estações experimentais); nomeação de pessoal sem critério técnico,
entre outros.
Esses cargos/funções são preenchidos unicamente por
indicação política em detrimento de profissionais experientes e qualificados,
que continuam aguardando uma chance de ascensão profissional.
Registra-se que a empresa dispõe de vasto material
técnico (estudos, projetos, propostas, etc.) elaborado ao longo dos anos,
capazes de orientar efetivamente a construção da “EBDA QUE QUEREMOS”.
Infelizmente esses estudos foram abandonados e a
vontade política para implementar essa proposta arrefeceu.
O que se observa hoje é o discurso visando
operacionalizar um Programa de Demissão Voluntária – PDV e só a partir daí a
empresa estaria apta para uma ação eficaz, negando-se taxativamente todo o
recente passado exitoso da EBDA.
A experiência qualificada e acumulada ao longo do
tempo de existência da EBDA, por seus
técnicos, na produção de conhecimentos científicos destinados aos agricultores
está sendo desprezada na medida em que é proposto o esvaziamento, dito
voluntário, desse quadro técnico-administrativo em troca da renúncia de todos
os seus direitos trabalhistas conquistados ao longo dos anos (devidamente
reconhecidos pela Justiça) por valores financeiros insignificantes a serem pagos ao longo de 48 meses.
Queremos uma EBDA forte, queremos uma EBDA que
participe das Chamadas Públicas da SEAGRI/SUAF, uma EBDA que remunere
dignamente seus funcionários, uma EBDA que tenha representação/escritórios não
em apenas 138 municípios, porém nos 417 municípios do Estado da Bahia, uma EBDA
que efetivamente atenda ao universo dos agricultores familiares, uma EBDA que
depois de 20 anos volte a realizar concurso público, deixando de fazer
contratações de curto prazo mediantes mecanismos que ferem à legislação
trabalhista e as Constituições Estadual e Federal.
Devemos entender que ATER é uma ação de educação
informal continuada e nesse sentido a empresa tem que dispor de um quadro de
pessoal em quantidade e com treinamento para atender à demanda gerada pela
agricultura familiar.
Em que pese a protelação da definição por parte da
empresa sobre a reestruturação, os empregados continuam cumprindo, com
qualidade, os compromissos assumidos com os agricultores familiares na execução
das políticas públicas de ATER e PESQUISA AGROPECUÁRIA.
Os trabalhadores da EBDA estão fazendo a sua parte.
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F-Itapuã-Salvador-BA-CEP: 41.635-150 –Fone 3375-4786. Fone FAC 3375-1047. Blog:
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- Revisor:Eliozéas Vicente de
Almeida-Eng.Agr.-Ebda.
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